17 mar 2017 – Contabilidade / Societário
Número de CNPJs negativados chega a 4,9 milhões, o maior já registrado desde março de 2015; gestores de todo o país poderão renegociar com condições especiais entre os dias 20 e 24 de março, pela internet, ou pessoalmente, nos dias 21 e 22 de março, em São Paulo
Nos dias 21 e 22 de março, a Serasa Experian realizará a primeira edição do evento que reunirá, em São Paulo, empresas e credores para renegociação de dívidas com descontos ou condições especiais. Chamado de “Encontro Serasa Recupera PJ”, o evento acontecerá em um dos prédios da Serasa, na região central de São Paulo, e contará com participação de importantes credores dos segmentos das indústrias, financeiro e atacadistas: Banco Santander e Recovery, entre outros. Para participar, as empresas devedoras devem agendar atendimento pela internet no endereço www.serasarecupera.com.br.
Adicionalmente, as empresas devedoras de todo país podem participar da versão online do evento, com cerca de 200 credores participantes, entre os dias 20 e 24 de março; para isso basta preencher um cadastro no site. Em seguida, o empresário vai acessar a página onde estarão relacionadas as participantes credoras do Encontro Online Serasa Recupera PJ com as quais sua empresa possui alguma dívida pendente e que constam na base de dados da Serasa. Ao clicar no nome da companhia, serão apresentadas as pendências que a empresa possui e os canais de atendimento disponíveis (telefones, e-mail, chat) para renegociar.
O atual cenário econômico motivou a Serasa Experian a promover a renegociação de dívidas entre as empresas e seus credores. Estudo inédito aponta que, em janeiro de 2017, o número de CNPJs negativados registrou recorde histórico e chegou a 4,9 milhões, o maior registrado desde março de 2015, quando o levantamento passou a ser feito. O valor dessas contas não pagas totalizam R$ 112,7 bilhões, média de R$ 23.167,00 por empresa devedora. Em março de 2015, o país contabilizava 3,8 milhões de CNPJs com contas atrasadas.
Segundo os economistas da Serasa Experian, a retração nas vendas e no ritmo de produção por causa da longa e intensa recessão pela qual vem passando a economia brasileira tem debilitado fluxo de caixa das empresas. Por outro lado, as dificuldades de acesso ao crédito que, diga-se de passagem, continua caro e escasso, prejudica a gestão financeira das empresas. Tudo isto leva a inadimplência das empresas para patamares recordes, sendo absolutamente necessários que processos de renegociação ocorram entre credores e devedores para que tais dívidas possam ser equacionadas e regularizadas.
“O objetivo do Encontro Serasa Recupera PJ é reinserir essas empresas no mercado de crédito. Entendemos que este é o momento de incentivar a aproximação de quem está devendo e quer pagar e de quem está com débitos em aberto e quer receber. Este processo, realizado online, beneficia empresários brasileiros de norte a sul, permitindo que todos os empreendedores acessem o serviço pela internet e negociem suas dívidas”, afirma Victor Loyola, vice-presidente de pessoa jurídica da Serasa Experian.
Inadimplência das empresas brasileiras
O estudo da Serasa Experian mostra também que, dos 4,9 milhões de CNPJs negativados no país em janeiro de 2017, a maioria (46,5%) possui quatro ou mais dívidas; 31,8% têm apenas uma conta atrasada;13,3% acumulam dois débitos em aberto e 8,3% possuem três pendências. Entre as negativadas, 58,0% devem para apenas um credor; 21,7% estão inadimplentes com três ou mais e 20,3% possuem dois credores. Dos 4,9 milhões de CNPJs negativados, 46,2% são empresas do setor de serviços; 44,2% do comércio e 8,8% são indústrias.
Com relação ao tempo das dívidas, a maioria (24,3%) tem débitos com idade entre entre um e dois anos; 18,4% estão inadimplentes entre dois e três anos e para 15,0% do total de companhias no vermelho, as contas em aberto se arrastam entre três e quatro anos.
A maioria das empresas que não conseguiu arcar com as despesas e entrou para a lista de inadimplência está no mercado entre dois e cinco anos (33,2%); 25,2% delas estão em atividade entre seis e dez anos e 22,9% do total das companhias endividadas atuam há mais de 15 anos.
Segundo os economistas da Serasa Experian, a retração nas vendas e no ritmo de produção por causa da longa e intensa recessão pela qual vem passando a economia brasileira tem debilitado fluxo de caixa das empresas. Por outro lado, as dificuldades de acesso ao crédito que, diga-se de passagem, continua caro e escasso, prejudica a gestão financeira das empresas. Tudo isto leva a inadimplência das empresas para patamares recordes, sendo absolutamente necessários que processos de renegociação ocorram entre credores e devedores para que tais dívidas possam ser equacionadas e regularizadas.
Fonte: Serasa Experian