21 jun 2018 – Contabilidade / Societário
O impacto negativo envolvendo a corrupção e a necessidade de controles mais efetivos por parte dos órgãos reguladores em seu combate estimulou a adesão de empresas brasileiras ao Programa de Compliance. Uma pesquisa realizada pela Câmara Americana do Comércio de Belo Horizonte (Amcham BH) em setembro de 2017 comprova essa tese. Segundo o estudo realizado com mais de 100 executivos da região, 70,6% afirmaram possuir um programa formal de Compliance, número que cresceu 30,6% desde a última pesquisa realizada no ano anterior. Já para 65,2%, afirmaram estar em estágio de implementação.
Uma política de integridade, apesar de estar mais evidente em empresas corporativas, pode ser aplicada também em micro, pequenas e médias empresas, segundo a diretora jurídica e de Compliance Officer dos Laboratórios B. Braun S.A., Daniele Lopes Bittencourt, em entrevista concedida ao Portal Compliance PME no mês de abril.
“A adoção de um código de conduta em linha com os riscos da empresa e com as atividades por ela desenvolvidas, escrito de modo simples, direto, baseado em princípios e valores nos quais a empresa entende que deve praticar e espera que seus colaboradores pratiquem. A disseminação da cultura do “fazer o certo”, por meio de conversas periódicas entre a administração e seus funcionários, nas quais se discuta o tema de forma aberta e clara e fique demonstrado o quanto a empresa e os seus integrantes valorizam e se orgulham desse comportamento é, a meu ver, uma fora forma saudável de incorporar a integridade à pauta de micro, pequenas e médias empresas.
“Para Glades Chuery, fundadora do Potencial Compliance Brasil, em entrevista concedida ao Portal PME NEWS esse mês, também destaca o interesse das Pequenas e Médias Empresas em implantar o Programa de Compliance, não apenas estimuladas pela cultura da integridade, mas também, por agregar valor ao negócio, principalmente às que participam de licitação.
Fonte: Jornal do Comércio – RS