9 nov 2017 – Comércio Exterior
Secretário-executivo do MDIC participou, nesta terça-feira, de evento sobre abertura econômica realizado pela Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência da República.
‘Não há desenvolvimento econômico e social sustentável sem abertura econômica’, destaca Marcos Jorge.
O secretário-executivo do Ministério da Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), Marcos Jorge de Lima, participou, nesta terça-feira (7/11), da abertura do “Diálogos Estratégicos – Abertura Econômica para o Desenvolvimento e Bem Estar”. No evento, realizado no Palácio do Planalto, Marcos Jorge destacou a necessidade de o governo brasileiro negociar acordos comerciais com outros países:
“A experiência histórica mostra que não há desenvolvimento econômico e social sustentável sem abertura econômica. O mercado internacional tem sido uma das grandes prioridades do ministro Marcos Pereira à frente do MDIC. Estamos trabalhando para criar oportunidades de negócio e revisar a posição do Brasil no cenário global. Nos últimos meses, abrimos ou reforçamos o diálogo com diversos países com foco na conclusão de acordos comerciais”, destacou.
O evento, organizado pela Secretaria de Assuntos Estratégicos (SAE) da Presidência da República, tem o objetivo discutir a integração brasileira às cadeias produtivas globais. Foram convidados representantes dos Ministérios das Relações Exteriores e da Fazenda e de outros órgãos governamentais, do Fórum Econômico Mundial, do Banco Interamericano de Desenvolvimento e do Banco Mundial para o Brasil.
“Esta é uma grande oportunidade para representantes de entidades e privadas e públicas trocarem experiências e informações sobre o que há de mais avançado nas discussões sobre o tema”, afirmou Marcos Jorge.
O secretário-executivo do MDIC destacou, ainda, o resultado recorde da balança comercial de setembro. Em 10 meses, o país alcançou o saldo de US$ 58 bilhões, com exportações de US$ 183,5 bilhões – valor 20% maior na comparação com o mesmo período de 2016.
Marcos Jorge apontou também outras iniciativas que estão sendo desenvolvidas pelo MDIC para estimular a economia, atrair investimentos e gerar empregos, como o Plano Nacional da Cultura Exportadora e os Acordos de Cooperação e Facilitação de Investimento (ACFI), assinados com catorze países. “Estamos comprometidos com ações que garantam a retomada do crescimento, com aumento da produtividade e inovação e, com isso, buscamos a inserção da produção brasileira nas cadeias globais de valor.”
Programação
De manhã foi realizada a conferência “Comércio internacional com o vetor para o desenvolvimento econômico”, apresentada pela chefe da Iniciativa do Sistema de Crescimento Econômico e Inclusão Social (Economic Growth and Social Inclusion System Initiative) do Fórum Econômico Mundial, Margareta Drzeniek-Hanouz. Em seguida, houve o painel “Inserção internacional como fundamento de uma economia produtiva e includente”.
À tarde, o secretário de Comércio Exterior do MDIC, Abrão Neto, participou do painel: “Uma agenda para alavancar o comércio exterior do Brasil”. Ele destacou aos participantes do evento que as medidas de facilitação de comércio são de baixo custo. “Isso é muito importante num momento de redução de gastos. O carro-chefe do governo federal é o Portal Único de Comércio Exterior, coordenado pelo MDIC e pelo Ministério da Fazenda, em parceria com outros vinte órgãos. Em 2017, nossa previsão é concluir o Novo Processo de Exportações. No ano que vem, vamos incorporar as importações”, disse.
Segundo dados da Fundação Getúlio Vargas apresentados pelo secretário, a implantação completa do Portal Único até o final de 2018 deve gerar ganhos de US$ 24 bilhões e um aumento da corrente de comércio de 6 a 7% por ano.
Abrão também citou o resultado do último relatório Doing Business que, na parte de comércio internacional, indicou que o Brasil melhorou dez posições. “Essa melhora é atribuída às mudanças que o Portal Único tem trazido. Quando as etapas de exportações e importações forem concluídas, a melhora virá com uma força muito maior”, afirmou.
Fonte: MDIC