28 jan 2020 – Economia e Finanças
Você já parou pra pensar no quanto realmente está rendendo aquele dinheiro que você tem aplicado no banco?
Como assim?
Bom, provavelmente você deva ter uma ideia da taxa de juros que está recebendo, mas tem um detalhe que pode estar faltando levar em consideração: a inflação!
Inflação nada mais é que o aumento no nível de preço dos produtos e serviços. Ela faz com que o dinheiro perca o seu poder de compra ao longo do tempo, ou seja, o que você compra hoje não é o que você conseguirá comprar com o mesmo valor no futuro.
Parece óbvio (e é). Portanto, para que possamos avaliar a taxa de juros real de um investimento em determinado período, é preciso descontar a inflação.
Vejamos um exemplo, analisando um possível cenário para a Poupança, o “investimento” mais popular do Brasil:
O rendimento atual da poupança equivale a 70% da SELIC (mais TR, que atualmente é zero). A projeção da SELIC para 2020 é que mantenha os atuais 4,5%. Chegamos assim em um rendimento projetado para a poupança de 3,15% neste ano.
Até aí tudo bem. O problema é que a inflação projetada para esse ano é de 3,6%, o que, em uma conta aproximada, resulta em uma taxa de juros real de -0,45% (o número exato é -0,43%). É isso mesmo: você “empresta” seu dinheiro pro banco e ainda sai perdendo!
Isso nos leva a duas questões. A primeira é que a taxa de juros divulgada pelas instituições (taxa de juros nominal) definitivamente não é o que você precisa considerar na hora de tomar suas decisões de investimento. A segunda, como você deve ter percebido, é que pode estar na hora de reavaliar a alocação do seu capital, em busca de alternativas mais rentáveis. Pesquise mais sobre o assunto!
Fonte: Contabeis