10 ago 2016 – Simples Nacional
Levantamento da Catho, divulgado ontem, revela que abrir o próprio negócio já era uma das opções mais cogitadas pelos profissionais sobre o que fazer após encerrar suas atividades no mercado de trabalho, quando a recessão econômica ganhou força.
Conforme a Pesquisa dos Profissionais Brasileiros da recrutadora, realizada no ano passado, 50,10%, dos 23.011 entrevistados (dos quais 54,2% estavam empregados; sendo que 29,7% são de grandes empresas no País), apontaram esse perfil empreendedor.
Atualmente, de acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a categoria das pessoas que trabalhavam por conta própria alcançou 22,9 milhões de pessoas no trimestre encerrado em junho deste ano, patamar praticamente estável na comparação com os três meses até março de 2016.
Mas com relação ao acumulado de abril a junho de 2015, houve aumento de 3,9%, um acréscimo de 857 mil pessoas nessa condição. Este resultado demonstra que o aumento do desemprego no País já impulsionou as pessoas optarem por ter seu próprio negócio – taxa de desocupação foi estimada em 11,3% pelo IBGE.
Por outro lado, o estudo mostrou que, para outros 20,20% entrevistados pela Catho, a preferência era por atuar como consultor independente. Contudo, houve uma alta deste quesito se comparado a 2014 – quando atingiu 18,4%.
Ainda dos mais de 20 mil consultados em todo o País, 15% pensavam em trabalhar como autônomos, o que mostra que a preferência pela modalidade permaneceu igual, se comparado com dados de 2014, conforme a Catho.
Houve, entretanto, um pequeno aumento no percentual de pessoas que pretendem se aposentar e não trabalhar mais (de 6,8% para 7%). Apenas 1,60% dos entrevistados pela recrutadora disseram que não pretendem fazer nada após encerrar a carreira, o que permaneceu igual se comparado à pesquisa de 2014.
A pesquisa revelou também a idade em que os profissionais pretendem deixar o mercado de trabalho. De acordo com o estudo, a faixa etária média em que a maior parte pensa em se aposentar é dos 60 aos 69 anos de idade.
Em contraponto, 20,2% dos entrevistados afirmaram que pretendem parar de trabalhar com 75 anos ou mais, o que mostra uma pequena diferença com relação à pesquisa de 2014 (18,6%). Já, uma pequena parcela dos respondentes (4,1%) pensaram em encerrar suas atividades antes dos 50 anos, o que em 2014 representava um percentual de 5,2%.
Fonte: DCI – SP