22 fev 2018 – Comércio Exterior
Para entender melhor as oportunidades e os benefícios em ser membro pleno da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), o Sistema Firjan recebeu o embaixador Carlos Márcio Cozendey, representante do Brasil na instituição, para um encontro com empresários fluminenses. De acordo com ele, a adesão a esse clube de países pode estimular mudanças na legislação brasileira, que irão impactar positivamente o ambiente de negócios no país.
“A participação como membro pleno da OCDE permitirá que o país possa contar com a experiência e o apoio técnico da entidade para o desenho de reformas estruturais que poderão dotar o Brasil de um arcabouço regulatório e institucional compatível aos desafios econômicos do século XXI”, afirmou Cozendey na sede da Federação do Rio, nó último dia 7.
Para Márcio Fortes, diretor de Relações Institucionais da Federação, a entrada do país na OCDE forçará o poder público a discutir políticas que poderão levar à adequação da legislação, fazendo com que o Brasil construa um cenário mais favorável para investimentos e que também facilite as operações das empresas que atuam aqui.
“As obrigações previstas aos países membros da OCDE dão maior transparência às políticas legislativas e regulatórias, fomentando uma melhor governança por meio do alinhamento do sistema a partir de práticas internacionais consagradas. A entrada na organização será um exercício de humildade porque discutiremos políticas nacionais em um hub seleto de consultoria, e isso pode fortalecer a agenda de reformas domésticas e a modernização institucional”, pontuou.
Embora ainda não seja membro pleno da OCDE, o Brasil é um dos grandes parceiros da organização e figura entre os chamados Key Partners – África do Sul, China, Índia e Indonésia – desse grupo, composto por 35 países que se dedicam a buscar a promoção de padrões convergentes em temas ligados a questões econômicas, financeiras, comerciais, sociais e ambientais. O governo brasileiro tem integrado mais de 30 instâncias da organização, como “associado”, “participante” ou “convidado”, e já aderiu a 26 recomendações e outros instrumentos da entidade.
Com a participação do embaixador na OCDE, o Brasil intensifica as negociações para se tornar membro-pleno da organização, cumprindo os pré-requisitos necessários para sua efetivação. A formalização da candidatura depende da adequação do país com 237 recomendações. O Brasil já aderiu a 36 dessas normas e pediu a adesão de outros 74 instrumentos.
Segundo Carlos Mariani Bittencourt, vice-presidente da Firjan, o encontro com o diplomata possibilitou aos empresários conhecer melhor como ocorrem as negociações em Paris, França. “Foi uma oportunidade de ouvirmos as intepretações e sanar dúvidas em relação aos benefícios e os desafios em se tornar um membro da OCDE. Essas informações auxiliam o nosso departamento internacional a avaliar o que é melhor para o desenvolvimento do Rio”, observou.
Fonte: FIRJAN