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Impostômetro bateu em R$ 1 trilhão nesta segunda-feira

6 jun 2018 – IR / Contribuições

O Impostômetro da Associação Comercial de São Paulo (ACSP) atingiu nesta segunda-feira (4/6), às 7h50, a marca de R$ 1 trilhão, com 12 dias de antecedência em relação 2017.

O valor equivale ao total de impostos, taxas e contribuições pagas pelos brasileiros desde o início do ano nos três níveis de governo: municipal, estadual e federal.

Para Alencar Burti, presidente da ACSP, a antecipação na arrecadação evidencia que os governos têm recebido mais dinheiro dos contribuintes, em função da recuperação econômica e também do aumento de alíquotas, como foi o caso dos tributos que incidiam sobre os combustíveis:

“Ainda que o governo possa perder a arrecadação do diesel, essa perda seria insignificante face ao tamanho do bolo tributário brasileiro”.

Segundo Burti, que também preside a Federação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo (Facesp), a redução de Cide, PIS e Cofins sobre o diesel ?medida que reduzirá a arrecadação ?não é razão para que o governo tente compensar essa perda com elevação de outros tributos.

“O governo não pode jogar essa conta para a população, que já é muito onerada. Não podemos tirar do horizonte a necessidade de os governos melhorarem a gestão dos recursos e a qualidade dos serviços que oferecem à sociedade”.

Do valor de R$ 1 trilhão que a população terá pago na segunda-feira, cerca de R$ 654,9 bilhões (66%) vão para o governo federal, R$ 280,8 bilhões para o tesouro estadual e R$ 64,1 bilhões (6%) para os cofres municipais.

Ano após ano, o governo tem arrecadado R$ 1 trilhão cada vez mais rapidamente. Em 2010, para se ter uma ideia, esse montante foi registrado pelo Impostômetro em outubro.

PREVISÃO

A expectativa é de que no dia 31/12/2018 o Impostômetro alcance um número próximo de R$ 2,39 trilhões ? valor superior ao registrado em 2017 (R$ 2,17 trilhões).

“Ainda assim, espera-se um déficit público de mais de R$ 100 bilhões nesse ano, o que mostra como é excessivo o gasto do governo”, conclui Burti.

Fonte: Diário do Comércio

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