01 abr 2021 – Economia e Finanças
Se um investidor decidisse aplicar parte do seu capital em algum setor brasileiro, o segmento de comércio eletrônico seria uma ótima sugestão. Isso porque um novo levantamento da Worldpay from FIS, empresa americana com foco em produtos e serviços financeiros, estimou que o e-commerce no Brasil deve crescer aproximadamente 56% até 2024.
Ao considerar apenas o recorte do Brasil, o tamanho do comércio eletrônico quase duplicou durante a pandemia de coronavírus: o salto, de abril de 2019 até o mesmo período de 2020, foi de 98%. Os volumes das transações de e-commerce apresentaram alta de 22,2%, muito em função das compras via smartphones.
Mas se os números já são bons, devem ficar ainda melhores nos próximos anos. De acordo com a estimativa feita pela Worldpay from FIS, as vendas de e-commerce no país devem alcançar US$ 56 bilhões (R$ 314,8 bilhões, em conversão direta) em 2024, ante aos US$ 36 bilhões (R$ 202,2 bilhões, em conversão direta) alcançados em 2020.
No papel, isso significa um aumento do comércio eletrônico de 55,5% até 2024. Ou seja, o Brasil deve observar um crescimento médio anual do setor de 13,8% nos próximos quatro anos.
Estamos entrando rapidamente na próxima fase do comércio digital, que visa possibilitar novas camadas de valor e conveniência para os consumidores on-line ou nas lojas”, afirmou Juan D’Antiochia, gerente Geral da Worldpay from FIS para a América Latina.
Cartão de crédito segue na liderança
Ainda de acordo com o levantamento, os cartões de crédito foram dominantes nas vendas de e-commerce e foram responsáveis por 43% das transações. O meio de pagamento foi seguido pela carteira digital/móvel (17%), cartão de débito (13%), pós-pago (12%), transferência bancária (8%) e débito direto (2%).
Já tratando-se das compras nos pontos de venda físicos, o dinheiro (35%) foi o método mais utilizado. No entanto, quando somadas as transações envolvendo cartão de crédito, cartão de débito e carteira digital/móvel, os números chegam a 62%.
O dado reforça a necessidade de os comerciantes de lojas físicas ou eletrônicas darem mais atenção aos métodos de pagamento digitais, visto que o dinheiro pode cair em desuso nos próximos anos. “Comerciantes que não investem na habilitação de novos modos de pagamentos digitais correm o risco de ficar para trás”, completou o executivo.