18 dez 2019 – Trabalho / Previdência
As previsões do setor industrial para 2020 são de que o desempenho da economia começará em alta. No entanto, o crescimento sustentado vai depender de novos avanços que melhorem o ambiente de negócios e os investimentos. De acordo com dados divulgados pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), o Produto Interno Bruto (PIB, soma das riquezas produzidas no país) crescerá 2,5% e a indústria terá expansão de 2,8%, em 2020. “A atividade econômica será impulsionada pela expansão de 2,8% do PIB industrial e pelo aumento do investimento, no próximo ano”, destaca o Informe Conjuntural – Economia Brasileira, da CNI
Na análise do cenário, a Confederação destaca que a aceleração da segunda metade de 2019 foi o sinal de que haverá crescimento mais sólido nos próximos 12 meses, puxado pelo aumento do consumo, em consequência da queda da taxas de juros e da paulatina recuperação do mercado de trabalho. “Estamos passando por um período de reformas estruturais, de cunho liberalizante. Essas reformas, em especial as que se destinam a modernizar os regimes trabalhistas, previdenciário e tributário, estão sedimentando o terreno para o aumento do consumo, dos investimentos e da produção. Com isso, certamente teremos um crescimento maior em 2020”, afirma Robson Braga Andrade, presidente da CNI.
Setor privado
De acordo com o estudo, o mais relevante nesse momento de recuperação da economia é o protagonismo do setor privado. O investimento privado reagiu em 2019, com o aumento da confiança e a queda nos juros. A tendência é que haja um grande número de contratações formais, o que sustentará o consumo. “A indústria de transformação deve iniciar o ano com dinâmica muito similar à observada em 2019, com dificuldades nomercado externo e mehora gradual no doméstico”, analisa o estudo.
Sobretudo a reforma da Previdênciaq Social tem contribuído para o aumento do investimento, da produção e consumo. Mas a CNI defende que devem ser feitas reforma adicionais para conter, de forma definitiva, o aumento do gasto público e trazer o equilíbrio fiscal duradouro. “É indispensável maior celeridade e ambição na agenda pró-completitividade, com foco na reforma tributária”, diz o document.
Inflação e emprego
As perspectivas também são positivas para esses indicadores da economia. A expectativa da CNI é de que la inflação – medida pelo IPCA – encerre 2020 em 3,7%, abaixo da meta pelo quarto ano consecutivo. Os juros básicos da economia (Selic) vai permanecer noo patamar estabelecido pela última reunião do Conselho de Política Monetária (Copom), em 4,5%, ao longo de 2020, de acordo com o estudo.
Já o mercado de trabalho, a expectativa é de retomada das vagas formais e geração de emprego de melhor qualidade, que paguem melhores salários. Isso deve ter efeitos positocos no rendimento médio real da população e na massa salarial, no próximo ano, que devem crescer entre 1,6% e 3,4%, respectivamente. Em relação à taxa média de desemprego, a previsão é de que caia de 11,9% para 11,3%, na média anual.
Fonte: Correio Braziliense