20 mai 2021 – Economia e Finanças
Todas as 50 maiores criptomoedas do mundo registraram quedas nesta quarta-feira (19), em mais um dia de reveses para os ativos digitais no mercado financeiro, que já perderam mais de US$ 600 bilhões em valor em apenas uma semana.
O bitcoin (BTC), o principal dos criptoativos, apresentava queda de cerca de 10,9% às 13h30 (horário de Brasília), cotado a US$ 38.614, após ficar pouco acima dos US$ 30 mil em seu pior momento nesta manhã – menos da metade de sua máxima no mês passado.
Entre outras moedas digitais, o ethereum (ETH) caía 18% no início da tarde, a US$ 2.786, enquanto o binance coin (BNB) recuava 25,6%, a US$ 382,11. As quedas mais fortes entre as 20 maiores criptomoedas da atualidade foram anotadas pelo litecoin (LTC), que tombou 31% (para US$ 213,99), e o polkadot (DOT), com revés de 29% (para US$ 27,93).
De acordo com a agência de notícias Reuters, as perdas das criptomoedas chegaram a quase US$ 1 trilhão no pior momento das negociações de hoje, fazendo especialistas se questionarem sobre o quanto ainda irá durar o boom dos ativos digitais. Em nota a investidores, Jeffrey Halley, analista de mercado sênior da corretora Oanda, declarou que estar abaixo da marca de US$ 40 mil é uma fronteira crítica para o bitcoin, e uma queda para menos de US$ 30 mil não está fora de questão.
O declínio acentuado desta quarta reflete um prolongado cenário negativo que tem impactado o mercado de moedas digitais desde a semana passada, quando o bilionário Elon Musk, CEO da Tesla e eminente entusiasta dos criptoativos, declarou que a montadora de carros elétricos não aceitará mais bitcoins como forma de pagamento, em uma reação crítica ao prejuízo ambiental causado pelo intenso consumo de energia elétrica na mineração – processo de geração dos ativos digitais, que mobiliza computadores de alta potência.
Somado a isso, nesta manhã foi divulgado que o Banco do Povo da China (PBoC, na sigla em inglês) proibiu instituições financeiras e empresas de meios de pagamento do país de realizar transações com criptomoedas ou fornecer serviços relacionados a elas. A entidade alertou para o alto nível de especulações desses ativos e declarou que eles não são moedas reais.
Outro fator influente é o efeito cascata provocado no mercado de derivativos pelo início de uma derrocada como a de hoje, que aciona ordens automáticas de vendas programadas por investidores que operam alavancados, visando evitar grandes perdas.
Fonte: Administradores